A preocupação da sociedade em relação à qualidade dos alimentos coloca uma lupa na rastreabilidade de alimentos.
Destaca-se que no território nacional, os tipos mais comuns de contaminantes resultam de bactérias, vírus e em menor percentual, de substâncias químicas.
Por esse motivo, é necessário o acompanhamento de toda a cadeia para garantir produtos seguros à população.
Pensando nisso, elaboramos um artigo para reforçar a importância desta prática para o bem-estar dos consumidores, bem como para a imagem da indústria. Acompanhe a leitura e saiba mais!
O que é rastreabilidade de alimentos?
A rastreabilidade de alimentos pode ser definida como a capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a localização de um item. Isso é feito por meio de informações previamente registradas.
Em outras palavras, é a tecnologia capaz de monitorar todo o trajeto da cadeia produtiva. Ou seja, desde a produção, até o beneficiamento e o transporte ao consumidor final.
Logo, essa metodologia comprova e atesta a origem e a qualidade dos produtos. Com isso, as indústrias de alimentos e panificação serão capazes de garantir a procedência das matérias-primas.
Esse assunto passou a se tornar latente após a elevação da preocupação da população quanto a qualidade nutricional e a inocuidade dos alimentos frescos. E, infelizmente, essa apreensão não é infundada.
Para se ter uma ideia, um levantamento realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revela que, uma em cada 10 pessoas adoecem no mundo, por consumir produtos estragados.
E, infelizmente, os alimentos inseguros, além de gerarem perda de produtividade e despesas médicas, causam danos à economia e ao comércio.
A indústria que os fornece terá sua imagem abalada no mercado, dificultando a competitividade e o destaque em meio a concorrência.
Desse modo, o sistema de rastreabilidade foi estabelecido para controlar quem produz e distribui um lote de alimentos comercializados. Utilizando recursos digitais, são criados códigos que facilitam a identificação e responsabilização de quem vendeu o produto.
Vale lembrar que no território nacional, as regras foram estabelecidas a partir da Instrução Normativa Conjunta (INC nº 2, 2018), do MAPA e da Anvisa. Entre os principais objetivos estão a rastreabilidade de produtos vegetais, dos processos produtivos e de comercialização.
Em outras palavras, os órgãos responsáveis conseguem fiscalizar com mais efetividade, o uso de agrotóxicos no setor primário, bem como atuar preventivamente na contaminação por substâncias químicas, físicas e microbiológicas.
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Qual a importância da rastreabilidade de alimentos?
A percepção da população brasileira sobre os produtos que consome aumenta conforme o nível de esclarecimento sobre benefícios e riscos.
Com a pandemia, inclusive, essa preocupação cresceu gradativamente graças às incertezas quanto à segurança e bem-estar.
Segundo uma pesquisa mencionada pela Embrapa, quase um quarto dos respondentes mudou seus hábitos alimentares com a chegada da pandemia.
Além disso, 24% dos consumidores passaram a consumir alimentos orgânicos neste mesmo período.
Isso se dá por alguns motivos:
- Preocupação com a saúde (32%);
- Maior conscientização ambiental, social e política sobre os impactos dos agrotóxicos (24%);
- Apoio e valorização da agroecologia e de práticas sustentáveis (14%);
- Aumento da oferta de estabelecimentos que vendem orgânicos (14%).
Nesse sentido, a rastreabilidade de alimentos atende às exigências e demandas dos consumidores. Afinal, ela garante a segurança, qualidade e confiança dos alimentos produzidos e consumidos.
Sem contar que, a aplicação desta metodologia também colabora para a regularidade legal da indústria e do produtor.
Afinal, além da Instrução Normativa Conjunta (INC nº 2, 2018), já mencionada, é possível destacar a:
- RDC nº 24 de 08 de junho de 2015: que estabelece os requisitos sobre o recolhimento de alimentos e sua comunicação à Anvisa e aos consumidores;
- IN nº 51 de 1º de outubro de 2018 do MAPA: responsável por implementar o SISBOV (Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos). Ele exige a rastreabilidade de toda produção até a distribuição.
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E quais são as vantagens dessa prática?
Para além do que já foi mencionado, a rastreabilidade de alimentos contribui para a transparência e eficiência da cadeia de suprimentos da indústria alimentícia.
O que ajuda a conquistar novos clientes e, consequentemente, a assegurar uma posição privilegiada em meio ao mercado.
Com esse entendimento, é possível comprovar que a rastreabilidade dos alimentos conecta todos os entes da cadeia produtiva até a chegada do produto na mesa da população.
A título de esclarecimento, confira algumas das vantagens dessa prática:
- Reconhecimento no mercado;
- Ampliação do relacionamento com fornecedores;
- Produtos com adequação aos padrões mundiais de identificação;
- Valor agregado do produto;
- Segurança alimentar e qualidade dos alimentos;
- Legalidade;
- Sustentabilidade;
- Melhor gestão do estoque.
Dessa forma, fica compreendido que a rastreabilidade de alimentos é imprescindível para o setor produtivo, cadeia varejista e consumidores.
Ao fornecer informações verídicas e confirmar os cuidados na produção, a indústria conquista a confiança do consumidor e sai na frente da concorrência.
Como implementar a rastreabilidade de alimentos?
A rastreabilidade de alimentos pode parecer uma tarefa complexa para as indústrias. No entanto, com o apoio da ferramenta certa, esse processo se torna mais simplificado.
De qualquer forma, separamos as principais etapas referentes a implementação dessa metodologia:
- Registro: refere-se a atividade de catalogar as fases da produção, desde o pré-plantio até a distribuição;
- Dados: representa a coleta e o armazenamento dos dados de insumos, métodos, transporte e demais informações importantes da produção;
- Rastreamento: fase do monitoramento de todas as alterações e ocorrências. Com isso, é possível identificar falhas e tomar decisões mais estratégicas e rápidas;
- Comunicação: diz respeito ao acompanhamento dos processos por meio da percepção dos consumidores. Além disso, oferece informações importantes para eles, como origem e métodos;
- Capacitação: o treinamento dos envolvidos na cadeia produtiva colabora com a eficiência da implementação e uso das tecnologias de rastreamento.
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Conheça o TOP Cisbra e seus diferenciais!
A rastreabilidade de alimentos não é só um diferencial competitivo para a indústria, garantindo credibilidade. É, também, essencial para a qualidade e produtividade de toda a cadeia de produção.
Pensando nisso, a Cisbra desenvolveu o TOP Cisbra! Esse aplicativo foi projetado para impulsionar e facilitar o monitoramento e controle das etapas produtivas das indústrias.
A ferramenta colabora com o registro de todo manejo da lavoura, desde o pré-plantio até a colheita. Sem deixar de considerar, também, os produtores e os fornecedores.
Em outras palavras, o TOP Cisbra permite:
- Mapeamento e diagnóstico da área;
- Centralização e desenvolvimento de um histórico de cultivo;
- Registro de produtos usados;
- Identificação de doenças e pragas;
- Controle de estoque;
- Registro de condições climáticas e de matéria-prima;
- Criação de relatórios por produtor ou cultura, e mais.
A Cisbra, com esta solução, reforça que é, realmente, o elo entre o campo e a indústria. Ela apoia a indústria na construção de uma produção economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justa.
Para acrescentar, a Cisbra também orienta os produtores fornecedores de grãos quanto ao uso assertivo de produtos biológicos e defensivos agrícolas, bem como o manejo adequado das espécies.
Assim, auxilia no aumento da produtividade de seus parceiros e assegura a qualidade e preservação do meio ambiente e bem-estar dos envolvidos.
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Você sabe a relação entre rastreabilidade e agricultura regenerativa?
Como vimos, a rastreabilidade de alimentos é extremamente importante para o alcance das demandas dos consumidores atuais. Apostar nessa metodologia não só garante alto desempenho, como, também, destaque mercadológico.
Mas, esse é um assunto muito extenso que abrange diferentes áreas do setor. Inclusive, você já parou para pensar qual é a relação desse processo com a agricultura regenerativa?
Ao contrário da agricultura convencional, a regenerativa visa restaurar os recursos naturais do solo, aumentando a fertilidade, a biodiversidade e a capacidade de retenção de água.
Mas, para assegurar o aprimoramento da saúde do ecossistema agrícola e promover a sustentabilidade a longo prazo, é preciso utilizar a rastreabilidade.
Ela é uma ferramenta que visa garantir que as boas práticas de produção agrícola sejam aplicadas.
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