Os alimentos transgênicos ainda causam muitos questionamentos e dúvidas entre os consumidores, pelo fato de a semente ser desenvolvida em laboratório, a partir da combinação de materiais genéticos (DNA). Contudo, é importante destacar que a condição tem objetivo de fortalecer a planta e aumentar o índice de produtividade do produto cultivado.
Os produtos com essa característica são monitorados pelas mais importantes instituições de segurança alimentar do mundo, entre elas, a Food and Drug Administration (FDA) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ambos localizados nos Estados Unidos.
Desse modo, para entender como são produzidos, elaboramos um artigo pautado em pesquisas e evidências científicas, nacionais e internacionais.
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O que são alimentos transgênicos?
Inicialmente é preciso esclarecer que os alimentos geneticamente modificados, também chamados de transgênicos, são desenvolvidos a partir de um processo tecnológico que alterou o gene original da planta ou animal. O trabalho é feito por especialistas em engenharia genética e biotecnologia, com objetivo de introduzir novas características ao material manuseado.
O procedimento de criar alimentos transgênicos é diferente da reprodução seletiva (alterações em genes animais), mas, ambos têm um ponto em comum, criar descendentes com as particularidades desejadas: resistência a pragas e doenças, precocidade no desenvolvimento e aumento na produtividade.
A tecnologia responsável pelo desenvolvimento dos alimentos transgênicos é realizada principalmente em plantas, mas, de acordo com publicação da Organização Mundial da Saúde, em breve, alimentos derivados de vegetais e animais geneticamente modificados já são produzidos com sucesso em alguns países.
É importante acrescentar que, além de possibilitar aumento no rendimento produtivo das lavouras, o procedimento transgênico será fundamental na redução de preços dos alimentos e na confiabilidade dos nutrientes existentes em cada produto.
Como são produzidos os alimentos geneticamente modificados?
O passo inicial para criar um material transgênico é definir as características desejadas, no caso das plantas podem ser resistência a um inseto ou maior tolerância em condições de estiagem, por exemplo.
Em seguida, são isolados genes que controlam as particularidades escolhidas e transferidos para o gene de outra planta que será cultivada.
De acordo com os especialistas, o material é amplamente testado, a fim de identificar, em detalhes, as diferenças entre o gene original e o que foi modificado. Do mesmo modo, o “novo” produto será submetido a rigorosos testes de segurança, que somam em média 75 avaliações.
Ainda que existam várias técnicas de transgenia, na agricultura moderna existem três grupos principais em uso:
Melhoramento seletivo ou tradicional
Nesse procedimento, as plantas foram manuseadas para obter as características desejadas, há milhares de anos. A título de esclarecimento, o milho é resultado da mudança genética do teosinto e o trigo utilizado na indústria de panificação já passou por 11 mudanças, nos últimos anos.
Mutagênese ou reprodução de mutação
Desenvolvido a partir de 1920, as primeiras experiências foram realizadas no DNA (Ácido Desoxirribonucleico), ou seja, trabalhando com as sementes das espécies que seriam modificadas. Atualmente, existem mais de 3.200 variedades de produtos vegetais, resultantes desse melhoramento: algumas variedades de toranja vermelha, banana, amendoim, hortelã pimenta e arroz.
Engenharia Genética (GMO)
Os melhoramentos tecnológicos são desenvolvidos de modo contínuo e as sementes geneticamente modificadas são o resultado mais eficiente, em uso. Com as mudanças efetivadas, as lavouras necessitam de menos insumos, custos produtivos e diminuem o impacto no meio ambiente, como água e desgaste do solo.
No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve estudos de alimentos transgênicos, a partir da modificação genética das espécies desde 1980. O objetivo é semelhante ao de outros países, criar variedades tolerantes ou resistentes a doenças, de modo a diminuir a aplicação de agrotóxicos.
Entre os produtos pesquisados estão: soja, feijão, milho, algodão, alface, batata, café, cana-de-açúcar e mamão, entre outros. Conforme a instituição, dois alimentos se destacam na eficiência de modificação e já são cultivados comercialmente, soja tolerante a herbicidas e feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado.
Segurança na produção de alimentos transgênicos
O desenvolvimento e aprovação dos alimentos transgênicos passam por vários estágios de avaliação e fiscalização, até que sejam disponibilizados no mercado. O objetivo, segundo a Organização Mundial da Saúde, é comprovar que não ofereçam nenhum tipo de risco à saúde humana.
Com esse entendimento, as principais averiguações dizem respeito a reações alérgicas, intoxicação do trato digestivo humano e transferência dos genes modificados para outras espécies.
Vale destacar que em razão da diversidade de materiais geneticamente modificados, todos os alimentos transgênicos devem ser testados e a segurança avaliada de acordo com diretrizes internacionais.
No caso, o trabalho é feito pela Codex Alimentarius, instituição que desenvolve padrões, códigos de práticas, diretrizes e recomendações relativas a alimentos convencionais ou melhorados.
Em resumo, os alimentos transgênicos surgiram com o objetivo de manter a produtividade e desempenho das atividades agropecuárias. Por se tratar de mudanças no gene dos materiais, são avaliados, testados e monitorados com toda segurança, de modo a não causar nenhum dano aos seres humanos e animais.
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