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BPF: entenda as Boas Práticas de Fabricação na indústria alimentícia

As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são  fundamentais para o setor alimentício porque a sua aplicação beneficia tanto a imagem das indústrias, quanto a saúde dos consumidores.

Pensando nisso, neste conteúdo, exploraremos a importância das BPF na garantia da segurança, qualidade e conformidade dos alimentos. 

Continue a leitura e descubra tudo o que precisa saber sobre as Boas Práticas de Fabricação na indústria alimentícia! 

Vamos lá?

O que são as BPF?

As BPFs nada mais são do que as Boas Práticas de Fabricação. Elas, por sua vez, consistem em uma série de práticas higiênicas que visam a qualidade sanitária dos alimentos.

Em outras palavras, segundo um manual da Embrapa, elas podem ser definidas como “um conjunto de princípios e procedimentos estabelecidos para o correto manuseio de alimentos, abrangendo desde a matéria-prima até o produto final, contemplando os controles de processos, produtos, higiene pessoal e sanitização”.

Aqui, o principal objetivo é assegurar a integridade e inocuidade do alimento e, consequentemente, a saúde do consumidor final. Ou seja, visa garantir a eliminação de qualquer possibilidade de contaminação de alimentos. 

Vale destacar que um produto alimentício pode ser contaminado por diferentes agentes, segundo a Anvisa, e em toda a cadeia produtiva. O contato com esses contaminantes pode ser feito de forma não intencional. São eles:

  • Biológicos: refere-se a presença de microrganismos ou suas toxinas que podem gerar intoxicações, infecções ou toxinfecção;
  • Físicos: diz respeito ao contato, durante o processamento de alimentos, com algum item ou objeto, gerando asfixia e contaminação. Como, cabelo, joias, unha, resíduos, embalagens e outros;
  • Químicos: está relacionado ao contágio de elementos e substâncias químicas, levando a intoxicação do consumidor. Como, produtos de limpeza, pesticidas, agrotóxicos e até mesmo reações naturais de alimentos.

Sendo assim, a completa aplicação das Boas Práticas de Fabricação na indústria alimentícia colabora com a eliminação desses tipos de contaminações nos produtos finais. 

Apesar de serem medidas simples, que exigem pouco investimento, elas promovem alta eficiência e qualidade sanitária dos espaços e alimentos.

No Brasil, as normas que permeiam as Boas Práticas de Fabricação são:

 Leia também: Tendências em alimentos: inovações que estão revolucionando a indústria

Como funcionam as BPFs?

Como funcionam as BPFs

Além dos tipos de contaminantes apresentados acima, as BPFs também visam eliminar, principalmente, a contaminação cruzada. 

Afinal, ela corresponde a transmissão de agentes nocivos por meio de um alimento contaminado, utensílios, superfícies ou pelo manipulador.

E esse, infelizmente, é um dos principais desafios do controle de qualidade da indústria de alimentos.

Visando a eliminação desse problema, as Boas Práticas de Fabricação atuam nos seguintes pontos da indústria:

  • Instalações;
  • Suprimento de água;
  • Equipamentos e utensílios;
  • Armazenamento de produtos e insumos;
  • Higienização das instalações, equipamentos e utensílios;
  • Higiene e comportamento dos colaboradores;
  • Presença de visitantes;
  • Controle integrado de pragas;
  • Identificação de perigos e medidas de controle.

Para sua aplicação, é necessário alguns passos. O primeiro é a elaboração de um plano de ação que visa eliminar a possibilidade de contaminação nos pontos críticos citados acima. 

Para isso, deve-se seguir as recomendações da Portaria MS/SVS n° 326. Assim, será possível construir um programa de controle eficiente, assertivo, e coerente com as principais normas do setor. 

Em paralelo, é preciso desenvolver um POP (Procedimentos Operacionais Padronizados) e um PPHO (Procedimentos Padrão de Higiene Operacional). Eles vão ser a base para as atividades de processamento de alimentos. 

É com base neles que o manual de BPFs vai ser desenvolvido. Logo, serão utilizados como referência para controle das operações.

Após a construção desses passos, é preciso apostar na auditoria independente para atestar a qualidade do plano. 

E, uma vez aprovado e colocado em prática, o mesmo deve ser supervisionado constantemente, com relatórios dos resultados, para avaliar a eficiência e os pontos de melhoria. 

Por fim, deve-se manter treinamentos com frequência. Assim, os colaboradores se adequarão às práticas e irão se manter atualizados quanto a elas, em caso de mudanças ou melhorias.

Qual a importância das Boas Práticas de Fabricação na indústria de alimentos?

As Boas Práticas de Fabricação garantem a segurança dos alimentos, o que é fundamental para a proteção do consumidor. Essa é uma questão de saúde pública na qual a indústria alimentícia também tem um importante papel como agente social.

Sem as BPFs, é natural surgirem as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). Como é de se esperar, elas são ocasionadas pela ingestão de alimentos e água contaminados. 

Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo! Vale destacar que é considerado um surto de DTHA quando 2 ou mais pessoas apresentam sinais, ou sintomas, semelhantes após o consumo do produto de mesma origem e região.

Conforme um relatório do próprio Ministério da Saúde, entre 2014 e 2023 foram registrados mais de:

  • 6 mil surtos;
  • 573 mil de pessoas expostas;
  • 110 mil de doentes;
  • 12 mil de hospitalizados;
  • 121 óbitos.

Sendo assim, as BPFs são indispensáveis para um controle de qualidade eficiente que contribui com a saúde dos consumidores.

Mas, além disso, também é preciso assegurar a inocuidade dos alimentos comercializados para aprimorar a manutenção da imagem mercadológica da indústria. 

Segundo outro artigo da Embrapa, as Boas Práticas de Fabricação promovem às indústrias que a aplicam, as seguintes vantagens:

  • Maior competitividade e facilidade em conseguir novos compradores;
  • Credibilidade com compradores e governo; 
  • Melhor preparação para outros sistemas de qualidade, como o sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle); 
  • Atendimento às exigências legais; 
  • Incorporação do conceito de melhoria contínua da produção, que antecipa problemas e mudanças no mercado.

E, mesmo assim, ainda há indústrias que resistem à adoção das BPFs. Só para se ter uma ideia, entre janeiro de 2018 e julho de 2023, foram feitos 147 recalls de alimentos por riscos ao consumidor, em todo o país.

Escolha bem os fornecedores da sua indústria!

fornecedores

Como vimos, as BPFs são essenciais para além da saúde pública. Elas são ferramentas importantes para a competitividade da indústria

Afinal, o número de recalls, como citado acima, é alarmante devido aos prejuízos que pode causar. 

Por exemplo, aumento de gastos com logística e perda de comercialização. Bem como, desperdícios de recursos e, algumas vezes, de insumo, caso esse seja o problema da contaminação. 

Sendo assim, a seleção do fornecedor para sua indústria precisa ser considerada com maior gravidade. O preço não deve ser o único decisor nesta etapa. Muito pelo contrário!

É preciso avaliar o comprometimento desse fornecedor com:

  • Meio ambiente;
  • Qualidade e cuidado de produção, assegurando a rastreabilidade;
  • Suporte aos produtores e parceiros;
  • Coerência com as normas e leis do setor;
  • Programas de assistência e muito mais.

Os valores, profissionalismos, respeito e responsabilidade devem ser colocados como critérios indispensáveis. 

Assim, terá a certeza de que não só a imagem da sua indústria estará assegurada, como, também, a saúde dos consumidores e do meio ambiente.

Conte com a CISBRA!

E a CISBRA te garante todos esses princípios! Somos uma empresa comprometida com a excelência! Oferecemos produtos com margem de 99,9% de pureza, proporcionando maior segurança e qualidade à produção! 

Para isso, contamos com processos eficientes e responsáveis que envolvem:

  • Recebimento e armazenamento: na chegada do grão à indústria, analisamos os teores de impureza, matérias estranhas e umidade. Assim, entendemos a necessidade de fazer a pré-limpeza e secagem para armazenar a carga corretamente;
  • Seleção e processamento: depois, realizamos o correto monitoramento da remoção dos materiais indesejados. Essa separação é feita a partir das propriedades físicas dos materiais a serem processados, como largura, espessura, comprimento, peso, textura e cor;
  • Laboratório: contamos com um laboratório para a realização de análises dos produtos recebidos e produzidos em nossas unidades. Logo, atestamos o cumprimento das legislações vigentes e a rastreabilidade;
  • Auditoria: temos auditorias internas de avaliação de BPF e APPCC. Além disso, contamos com as externas para avaliar o desempenho produtivo da empresa;
  • Logística: asseguramos o uso correto das embalagens e disposição de sacarias. Nossos veículos são monitorados para cumprirem todos os requisitos de transporte de alimentos.

Lembre-se! A CISBRA é o elo entre o campo e a indústria! Então, baixe agora o nosso catálogo completo e explore nossas soluções de alta qualidade.

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