Assine a nossa Newsletter

Ao informar seus dados, você aceita receber comunicações e concorda com a Política de Privacidade.

OGM, transgênico e cisgênico: entenda a diferença

Simbolo de transgênico e plantação de trigo ao fundo - OGM

Quando o assunto é a evolução da agricultura não podemos deixar de fora a importância do organismo geneticamente modificado (OGM), que pode ser classificado como transgênico ou cisgênico. O uso de OGM está relacionado com o avanço da biotecnologia, ciência que utiliza a engenharia genética para produzir novos produtos, sendo aplicada em diversos segmentos, como na agricultura, indústria e a medicina.

A área avançou muito nas últimas décadas, porém, a ideia de modificar processos biológicos para gerar novos produtos é muito antiga. O processo de fermentação do pão e do vinho são exemplos disso.

O uso da biotecnologia possibilita a manipulação de segmentos de DNA e RNA ou de genes, utilizando a tecnologia do DNA recombinante para modificar o material genético de um organismo vegetal ou animal. Ainda na década de 1990, as primeiras espécies de plantas transgênicas foram modificadas para serem mais resistentes a insetos e mais tolerantes aos herbicidas.

Com o tempo, outras características foram adicionadas as plantas, trazendo muitos benefícios para o produtor agrícola, como o aumento da produtividade e a redução de custos, devido ao menor uso de defensivos agrícolas.

Além do benefício direto no campo, a manipulação genética dos alimentos pode trazer alimentos mais nutritivos, ricos em nutrientes, conter mais minerais e vitaminas. Também são alimentos conhecidos por ter características que atraem mais o consumo, sabor mais agradável, uma vida útil maior, aumentando sua durabilidade para o consumo.

Abaixo descrevemos as principais diferenças entre organismo geneticamente modificado (OGM), transgênico e cisgênico.

 

O que é organismo geneticamente modificado (OGM)?

O OGM é um ser vivo que teve o seu material genético modificado por engenharia genética, segundo a definição da Lei de Biossegurança (11.105/05). A alteração genética faz com que aquela espécie ganhe uma ou mais características, que podem torná-la mais resistente a pragas ou mais tolerante a mudanças climáticas.

Esse tipo de manipulação não acontece de forma natural e ela pode ser feita utilizando o material genético da mesma espécie ou de espécies diferentes.

 

O que é um organismo transgênico?

O organismo transgênico é caracterizado por ter, pelo menos, um segmento de DNA ou gene modificado. Essa modificação pode ocorrer dentro da mesma espécie ou não.

Assim, podemos concluir que todo organismo transgênico é um OGM, mas nem todo OGM pode ser classificado como um transgênico. Os organismos cisgênicos são um exemplo disso, como veremos a seguir.

 

O que é um organismo cisgênico?

O organismo cisgênico também passa por uma alteração genética utilizando a tecnologia do DNA recombinante, porém, a modificação acontece entre espécies que também podem ser cruzadas naturalmente.

 

Por que o uso de OGMs é importante para a agricultura e para a segurança alimentar?

O uso da biotecnologia gerou diversos avanços na agricultura, mas ainda é cercada dúvidas, muitas vezes, devido à falta de informação. O aumento da produtividade da lavoura e da qualidade e quantidade das espécies estão entre as principais vantagens dos OGMs.

Entre os principais benefícios do uso de organismos geneticamente modificados estão:

  • Redução de custos (menos gastos com insumos);
  • Maior resistência a pragas e doenças;
  • Maior tolerância a mudanças climáticas e ambientais;
  • Aumento da produção sem a necessidade de expandir a área de cultivo;
  • Aumento do prazo de estocagem devido a uma maior durabilidade dos alimentos;
  • Maior qualidade dos produtos (por exemplo, aumentando os seus nutrientes, auxiliando na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis).

No Brasil, as maiores e principais plantações que utilizam espécies transgênicas são a do milho, a da soja e a do algodão, mas a tecnologia é muito utilizada em frutas e hortaliças também. A lei de biossegurança regulamenta todas as atividades relacionadas aos OGMs no país, garantindo que os produtos sejam seguros tanto para os consumidores, quanto para o meio ambiente. 

Nesse contexto, é inegável a tendência de que a produção transgênica gera, além de um crescimento na produtividade agrícola, um aumento na ordem qualitativa, ofertando alimentos que possam auxiliar na prevenção de doenças, como exemplo podemos citar uma variedade de feijão com maior concentração de ferro.

Os organismos geneticamente modificados (OGM) recebem material genético de outra espécie para dar a ela uma nova característica, como torná-la mais resistente a pragas ou aumentar a sua qualidade. O material genético utilizado para a modificação pode ser proveniente do próprio organismo, de organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes, sendo classificadas como organismos cisgênicos ou transgênicos.

Independentemente da origem do material genético (seja ele do próprio organismo, de espécies sexualmente compatíveis ou de organismos distantes), todos são OGM – não importa se são transgênicos ou cisgênicos.

Apesar dos benefícios percebidos no cultivo de produtos OGM, grande parte da indústria alimentícia ainda prefere trabalhar com produtos que não OGM. Sabendo desta demanda, a Cisbra hoje trabalha com itens GMO Free, através da realização de análises no recebimento dos grãos, para posterior liberação para produção.

Para saber mais sobre o mercado agrícola e as novidades do setor, confira oblog da CISBRA!

Quer conhecer as infinitas possibilidades em mix de grãos, flocos e farinhas? Baixe agora o nosso catálogo! | Baixe o catálogo | CISBRA

REFERÊNCIAS CONSULTADAS:

  • Agricultura Transgênica como Ferramenta para o Desenvolvimento Sustentável e Econômico. Diversitas Journal. Volume 6, Número 2, abr./jun. 2021.
  • Biotecnologia e Alimentos Geneticamente Modificados: Uma Revisão. Revista Contexto & Saúde. Ed. Unijuí, vol. 18, n. 35, jul./dez. 2018.