Você sabia que o uso de fibras alimentares em formulações industriais tem crescido? Isso é reflexo da busca por uma nutrição mais saudável, que tem ganhado força no Brasil.
O levantamento Food Barometer, realizado pela Sodexo em parceria com o centro de pesquisas Harris Interactive deixa claro que essa é uma importante tendência do setor:
- 90% dos brasileiros associam o termo “alimentação sustentável” a algo positivo;
- 49% afirmam ter reduzido o consumo de processados.
Diante desse cenário, a indústria alimentícia deve tomar a frente e oferecer produtos que atendam às expectativas dos consumidores.
A adoção de fibras alimentares é uma excelente alternativa em formulações modernas e atuais. Elas auxiliam na criação de alimentos mais saudáveis e com clean label, sem renunciar ao sabor e à textura.
Quer saber mais? Continue a leitura!
A indústria de alimentos é protagonista!
O levantamento Food Barometer, que citamos na introdução deste artigo, é um indicador de que a indústria precisa ouvir os consumidores.
Os dados revelam que eles estão conscientes e exigentes em relação à qualidade e à segurança dos alimentos. Veja:
- 90% veem que o termo “alimentação sustentável” é algo positivo;
- 89% consideram o assunto urgente;
- 79% destacam a importância dos cuidados com a alimentação;
- 49% garantem ter diminuído o consumo de itens processados.
Com base nesse cenário, as empresas devem assumir a responsabilidade de adotar práticas que beneficiem a saúde, o meio ambiente e a sociedade.
Nesse contexto, as fibras alimentares, do tipo solúveis, são ingredientes versáteis e funcionais, capazes de agregar valor nutricional e sensorial aos produtos.
Mas o que, de fato, são estes elementos? Continue a leitura e descubra!
O que são fibras alimentares solúveis?
Existem várias formas para definir a fibra alimentar, desde sua função na planta até os benefícios fisiológicos.
No entanto, um artigo da Food Connection as classifica com base na solubilidade em uma solução enzimática aquosa. O artigo reforça que elas são divididas em duas categorias: solúveis e insolúveis.
Fibras insolúveis
As fibras insolúveis captam pouca água, têm baixa fermentabilidade e formam misturas de baixa viscosidade.
Geralmente, aceleram o esvaziamento do intestino das pessoas.
Fibras solúveis
Por outro lado, as fibras alimentares solúveis se dissolvem em água, criando uma espécie de gel no trato digestivo, que retarda o esvaziamento gástrico. Também retardam a absorção de glicose e colesterol.
Logo, podem substituir o açúcar ao proporcionar uma sensação de saciedade prolongada e uma menor resposta glicêmica, ideal para controlar o peso e prevenir doenças metabólicas.
Vale destacar que grãos de soja, quinoa, lentilha e milho são fontes de fibras naturais de excelente qualidade e com boa solubilidade.
Elas podem ser facilmente incorporadas em diversas formulações industriais, como pães, barras de cereais, bebidas funcionais e snacks saudáveis e muito mais.
Por que substituir o açúcar por fibras de soja, quinoa, lentilha e milho?
Esses grãos se destacam por seus altos teores de fibras e outros nutrientes essenciais (proteínas, vitaminas e minerais). Além disso, oferecem um perfil de sabor neutro, o que os torna ideais para diversas aplicações industriais.
A substituição do açúcar por fibras de diferentes grãos na formulação da indústria de alimentos pode trazer diversos benefícios ao consumidor:
- Redução do índice glicêmico: retardam a absorção de glicose, evitando picos de açúcar no sangue e prevenindo doenças como diabetes tipo 2;
- Controle do peso: aumentam a sensação de saciedade, auxiliando no controle do apetite e na perda de peso;
- Melhora da saúde intestinal: “alimentam” as bactérias benéficas do intestino, promovendo a saúde digestiva e fortalecendo o sistema imunológico;
- Redução do colesterol: ajudam a reduzir o colesterol LDL (“ruim”), prevenindo doenças cardiovasculares.
Além disso, esses grãos se destacam por seus altos teores de fibras. Confira:
- Soja: 14g de fibras a cada 100g;
- Farinha de quinoa branca: 5,9g de fibras a cada 100g;
- Farinha de lentilha: 12g de fibras a cada 100g;
- Farinha de lentilha vermelha: 15g de fibras a cada 100g;
- Farinha de milho amarelo: 7,3g de fibras a cada 100g;
- Farinha de milho branco: 6,7g de fibras a cada 100g.
Outros grão e sementes também se destacam pelas suas ótimas porcentagens de fibras:
- Farinha de linhaça dourada desengordurada: 45%;
- Fibra de trigo: 44%
- Farinha de linhaça marrom desengordurada: 38%;
- Chia em grãos: 36%;
- Linhaça marrom em grãos: 24%;
- Linhaça dourada em grãos 23%:
- Farelo de aveia: 19%;
- Ervilha em grãos: 19%;
- Farinha de ervilha: 19%;
- Farinha de cevada germinada: 18%;
- Cevada perolada: 17%;
- Farinha de cevada: 15%;
- Feijão branco Caupi: 16%.
Ou seja, esses ingredientes são uma solução natural e eficaz para reduzir o teor de açúcar em formulações industriais.
Estas matérias-primas podem ser utilizadas na indústria de alimentos e na panificação na fabricação de:
- Pães;
- Barras de cereais;
- Bebidas funcionais;
- Snacks saudáveis;
- Cereal matinal;
- Formulações plant-based.
Vantagens das fibras alimentares para a indústria
Quando investe no uso dessas fibras alimentares em formulações, a indústria consegue:
- Desenvolver produtos saudáveis e com menores teores de açúcar;
- Promover a inovação e a diferenciação perante a concorrência;
- Reduzir custos de produção.
- Alcançar maior apelo sustentável, atendendo a demanda do mercado consumidor.
Ou seja, ao utilizar fibras alimentares em suas receitas, a indústria demonstra transparência e compromisso com a saúde e o bem-estar dos consumidores, construindo uma relação de confiança e fidelidade com sua marca.
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