O consumo de alimentos passa por uma transformação significativa, impulsionada pela busca por alternativas às carnes. Neste cenário, a proteína vegetal conquista novos públicos, ávidos por opções mais saudáveis e sustentáveis.
Essa é uma das tendências em alimentos mais fortes, com significativo aumento das buscas. Tal fato estimula as empresas a desenvolverem produtos à base de proteínas vegetais.
Você sabe qual é o tamanho deste segmento? E como aderir a essa tendência de consumo?
Leia o artigo e tenha insights interessantes sobre esse segmento que não para de crescer.
O que é a proteína vegetal?
Como o próprio nome destaca, a proteína vegetal é derivada de fontes vegetais compostas por aminoácidos, responsáveis pela construção dos tecidos do nosso corpo.
De forma geral, são fontes proteicas de excelente qualidade, com aminoácidos de alto valor biológico, garantindo uma boa digestibilidade.
Além de uma interessante fonte proteica, possuem outros componentes importantes para a dieta, caso das fibras, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes.
Quais são as principais proteínas vegetais?
O mercado oferece um vasto leque de opções para as empresas de alimentos. Acompanhe as principais características e aplicações industriais de algumas das principais fontes:
Linhaça
Rica em ômega-3 (ácido alfa-linolênico), fibras solúveis e insolúveis, a linhaça apresenta teor proteico de 19% para linhaça dourada em grãos, 20% para linhaça marrom e 18% para farinha de linhaça dourada integral.
Na indústria, a farinha de linhaça pode ser adicionada em pães, bolos e biscoitos para aumentar o teor de fibras, ômega-3 e melhorar a textura. Também pode ser utilizada em bebidas vegetais fortificadas com ômega-3.
Suas sementes moídas ou o óleo de linhaça são adotados em suplementos alimentares diversos.
Girassol
Boa fonte de vitamina E, selênio e ácidos graxos insaturados (principalmente ômega-6), o girassol tem teor proteico em torno de 51%, atendendo à demanda do mercado plant-based.
Na indústria, o girassol tem vários usos:
- Óleo de girassol: comum na culinária e na indústria alimentícia;
- Farinha de girassol: utilizada na panificação, biscoitos e barras de cereais para aumentar o teor proteico e de fibras;
- Proteína concentrada e isolada de girassol: adotada em formulações de bebidas proteicas, substitutos de carne e outros produtos veganos.
Soja
A soja é um alimento que contém todos os aminoácidos essenciais. É também rica em isoflavonas (compostos com ação antioxidante e hormonal).
Seu teor proteico gira em torno de 40% para farinha, 37% para soja partida em grãos e 39% para flocos.
Na indústria, a soja é aproveitada na fabricação de:
- Tofu: substituto da carne em diversas preparações;
- Tempeh: produto fermentado, com textura firme e sabor característico;
- Leite de soja: bebida vegetal que pode substituir o leite de vaca;
- Proteína texturizada de soja (PTS): substitui a carne moída em diversos pratos;
- Isolado e concentrado protéico: utilizados em barras e bebidas proteicas, substitutos de carne e outros alimentos fortificados;
- Óleo de soja: comum na culinária e empresas alimentícias.
Lentilha
Excelente fonte de fibras, ferro e folato. Seu teor proteico é de 25% para farinha e para grãos e 23% para farinha de lentilha vermelha.
Na indústria, a lentilha oferece diferentes possibilidades:
- Sopas e ensopados: ingrediente tradicional em sopas, ensopados e demais pratos cozidos;
- Farinha de lentilha: pode ser aplicada na panificação e em massas para aumentar o teor proteico e de fibras;
- Proteína concentrada e isolada de lentilha: utilizada em formulações de substitutos de carne, snacks e outros produtos fortificados;
- Ingrediente em produtos veganos: adotada na fabricação de hambúrgueres, almôndegas e outros itens veganos.
Grão-de-bico
Rico em fibras, ferro, folato e manganês. O teor proteico da farinha de grão-de-bico é de 21%.
O grão-de-bico é utilizado das seguintes formas:
- Homus: pasta de grão-de-bico, muito popular no Oriente Médio e em outras partes do mundo;
- Farinha de grão-de-bico: adotada panificação e em massas para aumentar o teor proteico e de fibras;
- Proteína concentrada e isolada: aplicada em formulações de substitutos de carne, snacks e demais produtos fortificados.
Vale salientar que os teores de proteína costumam variar nestes produtos.
Neste artigo apresentamos valores das tabelas nutricionais elaboradas pelos especialistas da Cisbra.
Também é válido destacar que a Cisbra Agroindustrial é fornecedora de uma grande variedade de grãos, flocos e farinhas integrais. De forma geral, estes insumos têm significativos teores de proteína vegetal.
Com experiência no segmento de insumos alimentícios, garantindo alto padrão de excelência.
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Segmento de mercado em expansão
No Brasil e em todo o mundo, o mercado de alimentos proteicos provindos de vegetais rapidamente cresce, como destacado em um artigo do Congresso Internacional da Agroindústria.
Segundo os autores, o aumento de consumo de produtos processados vegetais é uma tendência mundial, com consumidores escolhendo dietas à base de plantas por diversos motivos:
- Saúde (física e mental);
- Preocupações ambientais;
- Questões éticas e crenças religiosas;
- Gosto pessoal.
Nos números de mercado, o crescimento também é muito grande. Uma reportagem da Revista Exame destacou que, apenas no ano de 2022, o segmento faturou R$ 821 milhões.
Isso aconteceu pela entrada das maiores produtoras de carne do mundo neste mercado, com lançamento de marcas próprias dedicadas ao segmento de plant-based.
Para o futuro, as perspectivas são otimistas. Estimativas do portal Vegan Business sugerem que o setor atinja um valor global de mais de 162 bilhões de dólares até 2030.
O mesmo artigo destaca que o crescimento será impulsionado por alguns fatores:
- Inovação contínua;
- Aumento da conscientização dos consumidores sobre os benefícios de uma dieta plant-based;
- Maior aceitação de alimentos alternativos pelo público.
Tal ocorrência proporciona inúmeras oportunidades para empresas do setor alimentício, especialmente aquelas que desejam inovar e atender às novas exigências dos consumidores.
Mas como aderir a essa tendência? Veja algumas possibilidades a seguir.
Como aderir à tendência de proteínas vegetais?
O mercado de alimentos saudáveis, sustentáveis e éticos está em constante evolução. A crescente demanda impulsiona o consumo de proteínas vegetais.
Logo, para se adequar a este segmento, algumas oportunidades ganham espaço:
Desenvolvimento de novos produtos
Atualmente, há um vasto campo para a inovação e desenvolvimento de produtos à base de proteínas vegetais.
Com a tecnologia certa e as pesquisas, as empresas podem explorar diferentes formatos, texturas e sabores na criação de alimentos nutritivos e saudáveis.
Agregação de valor
O uso de produtos à base de proteínas vegetais é uma forma de agregar valor por meio de ingredientes diferenciados.
Muitos deles podem receber a adição de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes para aumentar as características nutricionais dos alimentos.
Processos de produção sustentáveis e embalagens ecologicamente corretas também são fortes tendências.
Atendimento a nichos específicos
Outra boa oportunidade é atender ao segmento de nichos específicos, como:
- Atletas;
- Pessoas com restrições alimentares (intolerância à lactose, alergia à proteína do leite etc.);
- Consumidores que buscam alimentos orgânicos e naturais.
Inclusive, 64% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por alimentos saudáveis, conforme uma pesquisa do Instituto Akatu e GlobeScan, citada pela Agência Brasil.
Parcerias estratégicas
As parcerias com fabricantes de ingredientes vegetais e empresas de tecnologia de alimentos são essenciais. Essa é uma forma de impulsionar o desenvolvimento de produtos inovadores e a divulgação da marca.
Neste contexto, se aliar aos melhores fornecedores, como a Cisbra, é fundamental. Com ampla experiência, atendemos as principais marcas do Brasil com soluções personalizadas.
Então, não fique mais procurando, solicite um orçamento e experimente a qualidade Cisbra para sua indústria!