O consumo de alimentos plant based (à base de plantas) conquistou o mercado brasileiro, um dos maiores exportadores de proteínas animais do planeta. Pesquisas apontam que nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 11,1% nas vendas desses produtos, com projeção de chegar a 40%, nos próximos cinco anos.
Inicialmente, a proposta das empresas era atender uma demanda de consumidores, vegetarianos e veganos que não consomem produtos de origem animal. Contudo, a tecnologia na transformação de vegetais, frutas, sementes, entre outras matérias-primas, agradou o paladar dos brasileiros. No artigo a seguir, reunimos informações para que você conheça mais sobre esses alimentos.
Como são produzidos alimentos plant-based?
Em primeiro lugar é importante ressaltar que o termo inglês plant-based é utilizado para identificar alimentos produzidos com matérias-primas vegetais. Sendo assim, a principal característica é reproduzir o sabor e textura de proteínas animais (carne, frango, ovos) e laticínios.
Com o emprego de processamento industrial, produtos como: fibra de caju, couve-flor, lentilha, grão-de-bico, feijões, tubérculos, cogumelos e algas, derrubaram a hegemonia da soja, o primeiro grão empregado na produção de alimentos alternativos, como, por exemplo, leite e proteína texturizada.
Desse modo, para ser possível produzir os alimentos plant-based é necessário o uso de tecnologias, como: extração química, física ou biológica, de modo a obter proteínas, fibras, amidos, óleos e corantes. O processo é semelhante ao dos produtos convencionais, por isso, são necessárias etapas de extrusão, emulsificação, mistura, cozimento, secagem, resfriamento e congelamento.
Apesar de ser um mercado recente no país, estudos como o realizado pelo The Good Food Institute, revelaram que desde 2020, metade da população reduziu a ingestão de carne. Do mesmo modo, 40% dos participantes da pesquisa afirmaram que trocam o produto por alternativas vegetais, pelo menos três vezes na semana.
Quais os benefícios dos produtos plant-based?
De forma geral, o interesse dos consumidores por alimentos produzidos à base de vegetais acontece pela escolha de uma dieta mais saudável, seguida de preocupações com o meio ambiente, questões éticas e crenças religiosas. Ainda assim, o ponto decisivo é modificar os hábitos de consumo, buscando saúde e bem-estar.
Nesse sentido, produtos plant-based atendem as necessidades de indivíduos com intolerâncias e alergias à ingredientes que contenham proteína animal (leite de vaca e ovos, por exemplo). Já os consumidores que não apresentam essas patologias, podem se beneficiar com o consumo, a fim de reduzir a ingestão de alimentos que colaboram para o aumento do colesterol e doenças cardiovasculares.
Outra observação feita por especialistas é de que uma dieta rica em vegetais contribui para manutenção e redução do peso. Ainda que esses alimentos não sejam desenvolvidos com esse objetivo, oferecem menores níveis de gordura e processamento (corantes e conservantes). Sendo assim, em casos de mudanças de hábitos alimentares, o emagrecimento é visível, após alguns meses.
Contudo, a recomendação para indivíduos que desejam adotar uma dieta plant-based saudável e sem contraindicações, é atenção na variedade alimentar, de forma a evitar deficiência de nutrientes presentes na proteína animal, como a vitamina B12, por exemplo.
Fatores sociais envolvidos no plant-based
Tão importante quanto escolher uma alimentação saudável é ter acesso a como os alimentos são produzidos e os impactos do cultivo ao meio ambiente. Essa é a avaliação da maioria das pessoas que adotaram a dieta à base de vegetais. Por esse motivo, os consumidores estão atentos às práticas de sustentabilidade realizadas pelas indústrias e fábricas do setor alimentício.
Outro fator observado através de pesquisas de consumo é que o produto ampliou o público-alvo. As opções de comidas, antes destinadas especificamente aos consumidores vegetarianos e veganos, agora agrega um novo grupo: os flexitarianos.
É válido destacar, que esses indivíduos consomem produtos de origem animal, mas, desejam reduzir a ingestão ou equilibrar a dieta alimentar. Sendo assim, são altamente exigentes quando fazem a substituição de proteínas alternativas, observando os aspectos nutricionais e produtivos da opção vegetal.
Portanto, os estudos e pesquisas desenvolvidos sobre os alimentos plant-based apontam para um cenário positivo, tendo em vista a diversidade de grãos, cereais, vegetais, hortaliças, frutas e tubérculos cultivados no país.
Outro fator relevante são os projetos desenvolvidos por instituições como a Embrapa, que contribui com seu know how no desenvolvimento de ingredientes proteicos feitos com fibra de caju, feijão, grão-de-bico e lentilha. O enfoque é desenvolver texturas diferenciadas e semelhantes às das carnes.
Por fim, vale acrescentar que o setor industrial acredita no potencial produtivo nacional, para o desenvolvimento de matérias-primas e ingredientes nacionais, além de opções tecnológicas que tornem os alimentos vegetais mais saborosos e semelhantes aos de origem animal.
Em resumo, os produtos plant-based deixaram de ser uma tendência do setor alimentício, para se tornar, uma opção de investimento viável e com demanda crescente por parte dos consumidores.
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