O mercado vegano cresce expressivamente em opções de alimentos e adeptos, enquanto aumenta a parcela da sociedade que reduziu expressivamente o consumo de proteínas de origem animal. Entre os fatores mais apontados estão: o preço da carne, a preocupação com as condições da produção pecuária e a possibilidade de substituir os ingredientes convencionais, por alternativas vegetais.
Do mesmo modo, o aumento no número de pessoas interessadas em adotar uma dieta mais saudável e com ingredientes minimamente processados, está colaborando para que as ofertas de itens plant based (à base de plantas) se desenvolvam em opções e qualidade produtiva.
Com esse entendimento, reunimos informações importantes sobre o setor, destacando quais as principais tendências para o novo ciclo. Acompanhe o texto e saiba como comer bem e de forma saudável.
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Qual o atual cenário do mercado vegano?
Inicialmente é preciso esclarecer que um dos fatores que impulsionou o mercado vegano, foram os investimentos da indústria alimentícia nos produtos plant based, nos últimos cinco anos. A tradução literal significa “à base de plantas” e faz referência a itens produzidos com matéria-prima vegetal, mas que procuram preservar as características das proteínas animais, como, por exemplo: carnes, lácteos e ovos.
Com o início da pandemia do novo coronavírus em 2020 e as políticas de restrições sociais, milhares de pessoas tiveram que trocar o trabalho presencial pelo remoto. Desse modo, a consequência natural foi preparar as próprias refeições e ter mais tempo de avaliar a qualidade dos alimentos consumidos.
Vale ressaltar que esse não foi o fator principal, mas contribuiu para um salto exponencial no consumo dos alimentos produzidos com proteína vegetal. A pesquisa divulgada pelo The Good Food Institute Brasil, detalhou o cenário do consumo do plant-based, com uma análise do perfil dos consumidores, a motivação para a mudança de hábitos e as tendências para os próximos anos.
Sendo assim, o estudo apontou que 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne em 2022, e 47%, afirmaram que pretendem diminuir a ingestão do alimento. Entre as motivações para essa mudança de comportamento estão: o alto preço da carne bovina, a preocupação com a saúde e a busca por alternativas mais saudáveis e menos calóricas.
Quais as tendências de produtos vegetais em 2023?
A informação que está movimentando o mercado global de alimentos foi apresentada pela consultoria Research and Markets. O estudo destaca que a taxa de crescimento do setor de carne e leite plant based é de 17,4 pontos percentuais ao ano, e o valor estimado até 2025 será de US$ 68,7 bilhões.
Com esse entendimento, observa-se que os produtos com origem vegetal continuarão a se destacar no consumo dos cidadãos ao redor do mundo. No Brasil, o estilo de alimentação chamado flexitarianismo — pessoas que preferem consumir opções vegetais, mas não deixam de ingerir proteína animal — está crescendo e já representa 28% da população.
Portanto, o mercado vegano já não pode ser classificado como “nicho”, pois, contempla diferentes grupos sociais, faixas etárias e ainda, pessoas que decidem por não consumir nenhum tipo de proteína animal ou reduzir o hábito expressivamente.
Desse modo, vamos elencar algumas opções de alimentos veganos que devem movimentar o mercado nacional em 2023:
Cogumelos
Um alimento consumido há vários séculos em diferentes regiões do planeta, conhecido pelos benefícios nutricionais, sabores e texturas diferenciados. O cogumelo será matéria-prima de vários produtos, além do consumo in natura ou adicionado a preparos tradicionais.
Peixes à base de plantas
Os especialistas do setor afirmaram que 2022 foi o ano do frango plant based e agora será dos peixes e frutos do mar. Algumas marcas europeias já desenvolveram o filé de salmão vegano, criado com tecnologia de impressão 3D e o camarão vegetal.
Algas marinhas
Nutritiva e dotada de várias substâncias antioxidantes, a alga marinha é um ingrediente que possibilita várias formas de consumo: in natura, seca ou adicionada a preparos com peixe vegetal. Além de saborosa, foi classificada como um alimento altamente sustentável e sequestrador de carbono.
Do mesmo modo, os principais players da indústria alimentícia estão investindo em projetos de aproveitamento integral de alimentos, como forma de combater o desperdício e reduzir o volume de resíduos sólidos.
Algumas empresas já iniciaram o processo, com destaque para as que produzem leite vegetal com aveia, soja e polpa de amêndoa. Os resíduos obtidos na produção da bebida (bagaços) são processados e transformados em farinhas e misturas para o setor de panificação.
O resultado foi tão positivo que consultorias como a Fact.MR avaliou os ingredientes como um mercado próprio e estima que a movimentação financeira para esse modelo de produção “reciclada” alcançou US$ 275 milhões, no ano passado. Além disso, a estimativa de crescimento é de 5,9% ao ano, já que existem outras opções de subprodutos, como: óleos, vitaminas e proteínas em pó.
Em resumo, o mercado vegano tende a manter o índice de crescimento, oferecendo oportunidades de novos negócios e colaborando para adoção de atitudes sustentáveis nos negócios. No blog da CISBRA, você encontra informações atualizadas sobre a indústria alimentícia e tudo o que há de mais recente sobre alimentação saudável. Acesse o site e fique bem-informado.