Perspectivas para commodities agricolas

As commodities agrícolas exercem um papel muito importante na economia. Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio representou 26,6% do PIB brasileiro, aumentando a sua participação com relação ao ano anterior.

Devido à pandemia do coronavírus em 2020, o setor de commodities agrícolas sofreu um baque. Porém, os sinais de recuperação começam a aparecer em 2021 e a tendência é que voltem para os níveis anteriores à crise.

Neste artigo, vamos mostrar as principais perspectivas para as commodities agrícolas em 2021. Boa leitura!

As principais perspectivas para as commodities agrícolas para 2021

As commodities agrícolas têm forte impacto na economia e nos preços de itens que dependem delas, como a carne, o leite e os ovos. Além disso, as decisões do mercado externo influenciam o mercado interno, repercutindo no preço dos alimentos e em diversos fatores.

A seguir, confira as principais perspectivas para as commodities agrícolas em 2021.

Recuperação pós-pandemia

A pandemia causada pela doença COVID-19 parou o mundo e gerou muitas incertezas sobre quando voltaríamos ao “normal”. Para o setor agrícola, esse período foi atípico, mas não impediu uma safra recorde de grãos, aumentando o PIB do setor.

Para 2021, o aquecimento dos últimos meses gerou uma onda otimista. O avanço da vacinação e dos estímulos monetários e fiscais são os principais fatores apontados para a recuperação pós-pandemia.

Manutenção do crescimento do agronegócio

As commodities agrícolas são muito importantes para a economia brasileira. Os preços das commodities agrícolas são determinados pela lei de oferta e procura, ou seja, são estipulados pelo mercado. Desse modo, vários fatores influenciam no valor.

Uma das principais perspectivas é que a alta dos preços das commodities agrícolas, como o milho e a soja, se mantenham. O Brasil vive um período de crescimento das exportações impulsionado, principalmente, pela crescente demanda da China e pela taxa de câmbio brasileira. Os preços altos e alta volatilidade combinam para o crescimento do setor.

Incentivo à diversificação das commodities agrícolas

Entre as commodities agrícolas, os principais grãos são o trigo, soja, milho e arroz. Todos os demais insumos agrícolas são diretamente impactados por eles. Desse modo, uma alta no preço influencia todo o setor. Vejamos, por exemplo, o que ocorre com o trigo.

A produção nacional de trigo não consegue suprir a demanda interna, sendo necessário importá-lo. O seu preço sofreu uma alta na última safra não apenas pelo aumento do dólar ou da demanda interna, mas devido ao aumento do custo da soja e do milho.  

Neste cenário, outros cereais como o triticale, aveia, cevada e centeio se destacam porque os seus valores são baseados no trigo e na lei de oferta e demanda. O preço dessas commodities agrícolas é impactado mais pelo desempenho da safra do que as oscilações do preço do trigo, podendo ser vendido por um valor mais caro do que o grão principal, inclusive.

Em um momento de alta, se o produtor decidir produzir outra cultura no lugar de uma commodity, é importante que ela seja tão rentável quanto a soja ou o milho. E, como elas estão em alta, o preço da outra cultura também tende a aumentar para atingir um equilíbrio. 

As indústrias de ração, por exemplo, por conta da alta do milho e da soja, adicionam outras culturas de cereais para compor os seus produtos. Com isso, há um aumento na demanda interna para esses grãos e, consequentemente, uma elevação dos preços. 

Investimento em novas tecnologias

Por fim, não podemos deixar de lado que o uso da tecnologia no agronegócio tem um grande peso nas perspectivas das commodities agrícolas. A adição de drones, sensores e softwares de gestão são algumas das tecnologias que estão se tornando comuns no setor agrícola. Elas impactam na produtividade, na quantidade e em outros fatores que aumentam a lucratividade da lavoura.

As commodities agrícolas possuem alto valor comercial e estratégico, representando 26,6% do PIB brasileiro em 2020. A previsão é de otimismo para os próximos trimestres, em especial, devido à recuperação após a pandemia. Entre as principais perspectivas estão a recuperação econômica por conta do avanço da imunização contra a COVID-19, o crescimento do agronegócio e a valorização de culturas diversificadas. 

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